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Como as mudanças tributárias podem afetar o seu negócio a partir de 2026

A reforma tributária brasileira deixou de ser “discussão de projeto” e passou a ser realidade: a Emenda Constitucional 132/2023 foi aprovada, já existe lei complementar regulamentando a tributação sobre o consumo (Lei Complementar 214/2025) e o cronograma de implementação começa oficialmente em 2026. Para quem empreende, isso não é um tema abstrato: mexe na forma de emitir nota, formar preço, controlar fluxo de caixa e planejar o futuro da empresa. Mais do que “saber a alíquota”, o ponto central é entender como essas mudanças podem impactar a operação do dia a dia e o resultado no longo prazo. Por que essa reforma importa para quem empreende O objetivo declarado da reforma é simplificar a tributação sobre consumo, reduzir a cumulatividade (imposto sobre imposto), trazer mais transparência e previsibilidade e aproximar o Brasil do modelo de IVA (imposto sobre valor agregado) que já é padrão em grande parte do mundo. Na prática, isso significa substituir um emaranhado de tributos indiretos por menos impostos, com regras mais uniformes e base de cálculo mais clara. Para as empresas, isso pode significar um ambiente de negócios mais previsível, com menos litígios e discussões tributárias, mas também um período de transição complexo: por alguns anos, velhos e novos tributos conviverão, exigindo ajustes em sistemas, processos internos, contratos e na forma como o gestor enxerga custo, preço e margem. O novo desenho de impostos sobre consumo O coração da mudança é a criação do chamado IVA Dual, composto por dois tributos: Eles entram no lugar de cinco tributos atuais: PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS, que serão gradualmente extintos ao longo da transição até 2033. Junto com eles, surge o Imposto Seletivo (IS), voltado a produtos e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente (como bebidas açucaradas, cigarros e alguns itens poluentes), com função mais regulatória do que arrecadatória. Duas características afetam diretamente as empresas: Isso muda a lógica de cadeias mais longas, interestaduais e com muitos intermediários, que hoje sofrem com forte cumulatividade. Impactos diretos no caixa e na formação de preços A transição não será “da noite para o dia”. Em 2026, as empresas começam a destacar nas notas fiscais alíquotas-teste de 0,9% de CBS e 0,1% de IBS, sem aumento efetivo de carga, com o objetivo de calibrar sistemas e o modelo de arrecadação. A partir de 2027, a CBS passa a valer “para valer”, PIS e Cofins são extintos e o Imposto Seletivo entra em vigor. Na sequência, entre 2029 e 2033, ICMS e ISS vão sendo reduzidos à medida que o IBS ganha peso até substituir totalmente esses tributos. Do ponto de vista do empresário, isso afeta diretamente: Além disso, o fato de IBS/CBS serem cobrados “por fora” melhora a transparência: fica mais claro quanto é preço do produto e quanto é tributo, o que ajuda tanto na análise interna de margem quanto na comunicação com o cliente em segmentos em que o imposto pesa bastante. Tecnologia, compliance e rotina fiscal A reforma reforça um movimento que já vinha acontecendo: não existe mais gestão tributária séria sem tecnologia. A própria lei complementar que regulamenta IBS/CBS prevê modalidades de pagamento como compensação com créditos, recolhimento pelo adquirente, responsabilidade de plataformas digitais e até mecanismos de “split payment” (parte do valor indo direto para o fisco na liquidação financeira). Isso significa que os sistemas de emissão de notas, ERP, plataformas de marketplace e meios de pagamento precisarão conversar bem entre si e com a contabilidade. Empresas que ainda dependem de planilha e conferência manual vão sentir mais o peso do compliance: o risco de erro de destaque, crédito ou enquadramento aumenta, assim como o risco de autuações e discussões com o fisco. Ao mesmo tempo, a padronização de regras entre estados e municípios tende a reduzir a complexidade de critérios diferentes em cada localidade, o que é um alívio para negócios que vendem para o Brasil todo. Pequenas empresas, Simples Nacional e setores específicos Uma dúvida frequente é: “Quem está no Simples Nacional vai entrar no IBS/CBS?” A reforma não extingue o Simples, mas prevê regras específicas de interação entre o regime simplificado e o novo sistema de tributos sobre o consumo. Em linhas gerais, o Simples continua existindo, porém, dependendo do tipo de operação, poderá haver destaque de IBS/CBS em separado, além de regras de crédito para quem compra de empresa do Simples. Isso abre uma discussão importante: Em muitos casos, a carga efetiva pode subir ou cair a depender do mix de receitas, uso de insumos, posição na cadeia e possibilidade de tomada de créditos. Por isso, generalizações do tipo “a reforma vai aumentar impostos para todo mundo” ou “vai reduzir para todos” não ajudam na tomada de decisão. Concorrência, geografia e modelo de negócio Como a tributação passa a ser mais fortemente no destino, perde força a lógica de escolher estado “mais barato” apenas por incentivos de ICMS. Isso tende a: Para empresas digitais, e-commerce e negócios que vendem para o Brasil todo, isso pode ser positivo: menos surpresas com regras específicas de cada município e estado e maior previsibilidade sobre a tributação incidente nas vendas, ainda que o período de transição exija cuidado redobrado no mapeamento de operações e CFOPs equivalentes dentro da nova lógica. Como se preparar desde já Embora muitas regras detalhadas ainda sejam ajustadas e os efeitos concretos só sejam totalmente sentidos ao longo da transição até 2033, há algumas ações que qualquer empresa já pode colocar em prática: Mudança tributária é risco, mas também oportunidade As mudanças tributárias em curso vão muito além de trocar sigla de imposto: elas reescrevem a lógica de tributação sobre consumo no Brasil, com reflexos em preço, margem, fluxo de caixa, tecnologia, contratos e competitividade. Para alguns negócios, a reforma pode representar aumento de carga se nada for feito; para outros, uma oportunidade de redução de custo tributário e ganho de eficiência. A diferença estará na capacidade de entender as regras, simular cenários e ajustar o modelo de negócio. Nesse contexto, a contabilidade deixa de ser apenas “quem apura impostos” e passa a ser parceira estratégica para interpretar a reforma, organizar dados, apoiar decisões de regime, simular impactos e orientar a implementação de sistemas e processos. Quanto antes empresa e contador se sentarem juntos para olhar a reforma com calma, maior a chance de transformar uma mudança obrigatória em vantagem competitiva para o seu negócio.

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Reforma Tributária: o que muda para quem fatura como PF e como PJ?

A Reforma Tributária do consumo é, provavelmente, a maior mudança na forma de cobrar impostos sobre bens e serviços no Brasil em décadas. Ela nasce para reorganizar o emaranhado de tributos que hoje incidem sobre o consumo – PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS – e substituí-los por um modelo mais simples e transparente, baseado em um imposto sobre valor agregado (IVA) dual. Na prática, isso afeta diretamente quem emite nota como pessoa jurídica (PJ) e, indiretamente, também quem fatura como pessoa física (PF), seja como autônomo, profissional liberal ou investidor que recebe renda de aluguel, por exemplo. É importante entender, logo de início, que essa Reforma é focada na tributação do consumo. Imposto de Renda de pessoa física, Imposto de Renda de pessoa jurídica, CSLL e contribuições previdenciárias continuam existindo, com suas próprias regras. O que muda é a forma como os tributos sobre bens e serviços serão cobrados, como eles aparecem nas notas fiscais e como se encaixam no fluxo financeiro das empresas. Do emaranhado de tributos ao IVA dual Hoje, sobre praticamente tudo o que se consome no país, há uma combinação de tributos federais, estaduais e municipais. PIS e Cofins incidem sobre o faturamento, o IPI está ligado a produtos industrializados, o ICMS recai sobre circulação de mercadorias e alguns serviços, e o ISS é cobrado pelos municípios sobre a maior parte das prestações de serviços. Cada imposto tem regras próprias, base de cálculo diferente e uma infinidade de particularidades que geram complexidade, insegurança jurídica e guerra fiscal. Com a Reforma, esse conjunto é substituído por um modelo de IVA dual. No plano federal, surge a CBS, Contribuição sobre Bens e Serviços. Em âmbito estadual e municipal, entra o IBS, Imposto sobre Bens e Serviços. Além deles, aparece o Imposto Seletivo, voltado a produtos e serviços considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, como cigarro ou itens altamente poluentes. A ideia é que CBS e IBS incidam de forma ampla e não cumulativa sobre operações onerosas com bens e serviços, enquanto o Imposto Seletivo atua em poucos casos específicos, com função extrafiscal de desestimular determinados consumos. Essa substituição vem acompanhada de algumas premissas claras: simplificar o sistema, aproximar o Brasil dos padrões internacionais de IVA, acabar com o imposto em cascata, garantir mais neutralidade setorial e tributar no destino, ou seja, no local do consumidor e não da origem da mercadoria ou do serviço. Para quem é PJ, isso significa uma mudança profunda na forma de precificar, emitir notas e aproveitar créditos de imposto. Para quem é PF, significa conviver com um ambiente em que as empresas passam a ter incentivos diferentes na hora de contratar, escolher fornecedores e estruturar suas operações. Cronograma: a mudança é grande, mas não é de uma vez só A transição para o novo modelo foi desenhada para acontecer ao longo de vários anos, justamente para reduzir o choque nas empresas. Em 2026 começa uma fase de testes, com alíquotas simbólicas de IBS e CBS, em torno de 0,1% e 0,9% respectivamente, apenas para rodar o sistema e ajustar o motor de apuração. A partir de 2027, a CBS entra em vigor de forma mais robusta e o PIS/Cofins começa a ser efetivamente substituído. O IBS, que toma o lugar do ICMS e do ISS, tem uma transição mais longa: há um período em que os tributos antigos vão sendo reduzidos gradualmente, enquanto o IBS aumenta na mesma proporção, até que, por volta de 2033, o novo modelo esteja integralmente implantado. Ou seja, não é algo que muda de um mês para o outro. Mas quem usa esses próximos anos para se organizar – rever contratos, simular cenários, escolher melhor o regime tributário e ajustar sistemas – tende a atravessar esse período com muito menos turbulência. O que muda para quem é PJ prestador de serviços Para quem já atua com CNPJ, especialmente prestando serviços, os efeitos da Reforma serão bem concretos no dia a dia. Uma das mudanças mais visíveis é que o imposto passa a aparecer “por fora” na nota fiscal com muito mais clareza. Em vez de tributos embutidos no preço, a lógica do IVA pede que o valor do serviço seja destacado separadamente e, sobre ele, sejam calculados CBS e IBS. Isso obriga empresas a revisarem como apresentam seus preços, como desenham propostas comerciais e como negociam com clientes, porque o valor da nota passa a ter uma parte que é receita da empresa e outra que é tributo, com destinação automática ao fisco. Além disso, o novo modelo é não cumulativo. Isso significa que a empresa apura o imposto devido pelo valor agregado, descontando créditos de IVA gerados em suas próprias compras e despesas. Custos como energia elétrica, aluguel de escritório ou coworking, contratação de softwares em nuvem, serviços terceirizados, aquisição de equipamentos e outros insumos do negócio passam a gerar créditos de CBS e IBS, que podem ser abatidos daquilo que a empresa deve pagar. Em contrapartida, gastos com folha de pagamento não geram crédito, o que afeta principalmente atividades intensivas em mão de obra, com poucos insumos tributados. Outro ponto central está na convivência do novo IVA com os regimes atuais. O Simples Nacional continua existindo, mas foi adaptado para incorporar IBS e CBS na sua estrutura. O Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) permanece como instrumento unificado, mas com uma parcela destinada especificamente a esses tributos sobre consumo. A legislação recente passou a permitir, ainda, que empresas do Simples, em determinados casos, possam optar por recolher IBS e CBS fora do DAS, pelo regime “regular”, o que abre espaço para que clientes aproveitem crédito de IVA nas compras realizadas dessas empresas. É uma opção que pode ser vantajosa em cenários B2B, mas exige simulações cuidadosas caso a caso. Já quem está no Lucro Presumido ou no Lucro Real vai sentir a troca de PIS/Cofins, ICMS e ISS por CBS e IBS de maneira mais direta. Empresas de serviços, em especial, tendem a revisar completamente sua política de preços, pois estimativas apontam que atividades sem direito a alíquota reduzida podem enfrentar uma carga efetiva mais alta do que a atual, enquanto setores com redução de alíquota ou com cadeias cheias de créditos podem, em alguns casos, até ter uma situação melhor do que hoje. A isso se soma uma novidade que mexe com o caixa: o split payment. Em linhas gerais, essa sistemática faz com que, no momento em que o cliente paga, uma parte do valor vá diretamente para os cofres públicos, correspondente a CBS e IBS, sem transitar pela conta da empresa. PIX, cartão, boleto e outros meios de pagamento passam a conversar com as informações da nota fiscal, permitindo que o sistema financeiro separe automaticamente o valor do imposto. Para o fisco, isso reduz inadimplência e fraudes; para a empresa, significa menos espaço para usar o valor dos tributos como “capital de giro” até a data de vencimento. Na prática, o prestador de serviços precisa se acostumar com um cenário em que recebe, desde o início, apenas o valor líquido da venda, enquanto o tributo vai direto ao governo. Isso exige um planejamento muito mais atento do fluxo de caixa, reavaliação de prazos com fornecedores, revisão de reservas financeiras e, em muitos casos, busca de novas linhas de crédito ou ajustes na margem para manter o negócio saudável. Exemplos para visualizar o impacto no bolso Imagine uma consultoria que cobra dez mil reais por um projeto de serviços para uma indústria. Num cenário em que a alíquota combinada de IVA seja de vinte e sete por cento, a nota deixa de ser simplesmente “dez mil” e passa a ter o valor do serviço e o valor dos tributos destacados. O cliente paga doze mil e setecentos reais, dos quais dez mil representam a receita da consultoria e dois mil e setecentos correspondem ao IBS e à CBS. Se a indústria estiver em um regime que permita o aproveitamento de crédito, ela poderá se creditar daqueles dois mil e setecentos reais na sua própria apuração de impostos. Do ponto de vista da empresa tomadora, o custo efetivo do serviço é menor do que o valor cheio da nota, pois essa parcela volta na forma de crédito. Para a consultoria, por sua vez, o imposto devido não é simplesmente uma porcentagem sobre todos os dez mil. Ela poderá descontar créditos gerados, por exemplo, pelas despesas com aluguel do escritório, internet, plataformas de gestão, ferramentas de marketing digital e outros gastos ligados à atividade, pagando IVA apenas sobre o valor agregado na cadeia. Agora pense em um escritório de advocacia ou uma clínica de saúde com estrutura enxuta em termos de insumos, mas com folha de pagamento alta e alguns poucos custos creditáveis. Se o setor não for contemplado com alíquota reduzida e tiver pouca despesa que gera crédito, a sensação pode ser de aumento da carga sobre consumo. Nesses casos, a estratégia de precificação e o posicionamento de mercado tornam-se ainda mais relevantes, assim como o acompanhamento atento da regulamentação, que define quais atividades terão tratamento diferenciado. Quem continua atuando como PF: o que muda de verdade Para o profissional que hoje trabalha como pessoa física, emitindo recibos, utilizando carnê-leão ou sendo tributado via retenções na fonte, a Reforma do consumo não altera diretamente as regras do Imposto de Renda ou do INSS. A tabela do IRPF, os códigos de recolhimento e as contribuições previdenciárias continuam baseados em normas próprias, fora do escopo principal dessa primeira fase da Reforma. O que muda é o contexto ao redor. Empresas que antes não viam grande diferença entre contratar um profissional como PF ou contratar um PJ passam a ter um incentivo claro a fechar negócios com quem emite nota e gera crédito de IVA. Isso tende a valorizar ainda mais o profissional que se estrutura com CNPJ, regime adequado e emissão correta de documentos fiscais. Em alguns segmentos, o autônomo pode perceber, ao longo do tempo, que perde competitividade simplesmente porque o tomador não consegue aproveitar crédito de tributos na relação com ele, enquanto consegue quando contrata uma PJ. Há ainda situações específicas em que operações realizadas por pessoas físicas podem se aproximar de atividade empresarial, como locação sistemática de imóveis ou certas atividades de intermediação e prestação de serviços de forma organizada. A legislação de IBS e CBS trata dessas hipóteses, e, em parte delas, a linha entre “PF investidor ou proprietária” e “atividade econômica” fica mais tênue, exigindo análise individualizada com apoio contábil ou jurídico. De todo modo, mesmo quem hoje recebe exclusivamente como pessoa física precisa acompanhar a Reforma, tanto porque o ambiente de negócios muda, quanto porque, em alguns casos, pode ser mais vantajoso formalizar uma PJ, migrar para MEI ou Simples, ou reorganizar a estrutura de faturamento com base nos novos incentivos. MEI e pequenos negócios: continuam, mas com atenção redobrada O Microempreendedor Individual continua sendo uma porta de entrada relevante para a formalização. O regime simplificado, com pagamento fixo mensal e obrigações reduzidas, não desaparece com a Reforma. No entanto, por trás do valor pago no DAS do MEI, passam a existir componentes destinados também a IBS e CBS, que agora integram o arranjo de tributos sobre consumo. Para o comprador, uma particularidade importante é que, em regra, as aquisições de MEI não geram crédito de IVA, justamente porque o regime foi desenhado para ser ultra simplificado. Isso faz com que empresas maiores, que dependem de crédito de IBS e CBS para equilibrar sua carga, olhem com mais cuidado para a proporção de compras realizadas de microempreendedores. Não significa deixar de contratar MEI, mas sim entender o impacto disso na apuração tributária e, se necessário, ajustar preços e condições. Já as micro e pequenas empresas do Simples Nacional permanecem com o DAS como forma principal de recolhimento, mas convivem com novidades trazidas pela Lei Complementar 214/2025, que redesenhou a relação entre Simples, IBS e CBS. Entre essas novidades está a possibilidade, em alguns casos, de optar por recolher IBS e CBS fora do Simples, de forma regular, para permitir o aproveitamento de créditos pelos clientes. É uma escolha que não deve ser feita por impulso: pode ser ótima para empresas que vendem majoritariamente para grandes tomadores, mas pode não fazer sentido para negócios voltados ao consumidor final. Como se preparar, na prática, para esse novo cenário Mesmo sem usar listas, dá para enxergar claramente alguns movimentos estratégicos que valem para qualquer profissional ou empresa que fatura como PF ou PJ. O primeiro é conhecer, com detalhes, a própria estrutura de receitas e despesas. Saber quanto se fatura para pessoas físicas, para empresas do Simples e para empresas que estão em regimes fora do Simples ajuda a identificar em que medida o crédito de IVA será valorizado pelos clientes. Quanto maior a presença de tomadores que podem se creditar, mais relevante se torna o fato de você emitir notas com IBS e CBS destacados. Em paralelo, é essencial mapear quais custos do negócio tendem a gerar crédito de IVA. Isso inclui gastos recorrentes com energia, aluguel, internet, softwares, serviços de terceiros e investimentos em equipamentos, entre outros. Quanto mais significativa for essa base de despesas, maior o potencial de reduzir o imposto a pagar por meio de créditos, o que pode compensar, pelo menos em parte, o impacto de alíquotas mais altas. A partir daí, simulações passam a ser quase obrigatórias. Empresas de serviços podem comparar cenários com alíquota padrão e com eventuais reduções, levando em conta a estrutura de custos, o perfil de clientes e o fluxo de caixa. Profissionais que hoje atuam como PF podem estudar, junto com o contador, se a migração para MEI, Simples ou outro regime faz sentido. Para muitos, a Reforma será o gatilho para finalmente colocar na ponta do lápis se o modelo atual ainda é competitivo. Outro movimento importante é revisar contratos, propostas comerciais e políticas de preços. Com o imposto aparecendo de forma mais explícita e o split payment afetando diretamente o caixa, cláusulas sobre reajuste, variação de alíquotas e responsabilidades fiscais ganham relevância. Em operações B2B, a discussão sobre quem se beneficia do crédito de IVA e como isso é refletido no preço tende a se tornar rotineira. Por fim, sistemas e processos internos precisam acompanhar essa transformação. Emissor de notas, ERP, ferramentas financeiras e relatórios contábeis terão que conversar com o novo modelo, permitindo destacar IBS e CBS corretamente, acompanhar créditos e débitos, conciliar recebimentos líquidos após o split payment e gerar informações confiáveis para as obrigações acessórias. Isso vale tanto para empresas maiores quanto para escritórios menores que desejam se posicionar de forma profissional nesse novo ambiente. PF, PJ, MEI: por que entender a Reforma agora faz diferença No fim das contas, a Reforma Tributária do consumo não é apenas um tema jurídico ou técnico distante da vida real. Ela mexe com decisões bem concretas: ser PF ou PJ, escolher ou não o Simples, rever preços, renegociar contratos, investir em tecnologia e decidir com quais tipos de clientes e fornecedores se quer trabalhar. Para quem fatura como pessoa jurídica, o impacto vem na forma de notas fiscais diferentes, crédito de IVA, split payment e necessidade de replanejar fluxo de caixa. Para quem fatura como pessoa física, o reflexo pode aparecer na competitividade, na forma como o mercado passa a preferir contratar e, em alguns casos, na conveniência de formalizar um CNPJ. Mais do que decorar siglas novas, o desafio é transformar essas mudanças em decisões melhores. E isso passa por acompanhar a regulamentação, manter um diálogo próximo com a contabilidade e usar os próximos anos de transição para testar cenários, corrigir rotas e, se possível, ganhar vantagem competitiva em cima de quem vai deixar para se preocupar com tudo isso apenas quando o “novo sistema” já estiver totalmente em vigor. Seu negócio preparado para a Reforma — com apoio contábil Diante de tantas mudanças e detalhes técnicos da Reforma Tributária, é natural surgirem dúvidas sobre qual é o melhor caminho para o seu caso específico — se vale a pena atuar como PF ou PJ, qual regime escolher, como precificar seus serviços ou como se organizar para o split payment e para o aproveitamento de créditos de IVA. Nessas horas, a contabilidade deixa de ser apenas uma área que “calcula imposto” e passa a ser uma parceira estratégica, capaz de traduzir a nova legislação para a realidade do seu negócio. Um escritório contábil preparado e atualizado com as regras da Reforma consegue simular cenários, apontar riscos e oportunidades, orientar a escolha do regime tributário, revisar contratos e apoiar a organização dos seus processos financeiros e fiscais. Em vez de enfrentar tudo isso sozinho, você pode contar com profissionais capacitados para estudar o seu caso, responder às suas dúvidas e construir, junto com você, um plano de ação para atravessar essa transição com segurança e, sempre que possível, aproveitando as vantagens que o novo sistema pode trazer.

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2026 é o seu ano: 10 dicas práticas para tirar seu negócio do papel

Que tal empreender em 2026? O ano que se aproxima traz um cenário desafiador, mas também cheio de oportunidades para quem quer tirar uma ideia do papel e construir um negócio sólido. A economia muda, a tecnologia avança, novos hábitos de consumo surgem — e, no meio disso tudo, existe um espaço enorme para empreendedores preparados, focados e dispostos a aprender continuamente. Mais do que “ter uma boa ideia”, empreender em 2026 significa entender o jogo: saber onde você está entrando, quais são os fatores de sucesso do seu modelo, como se organizar financeiramente, com quem caminhar e como usar tecnologia a seu favor. Abaixo, você encontra um guia com pilares essenciais para abrir e consolidar o seu negócio de forma mais consciente e estruturada. 1. Invista tempo na essência e na análise dos fatores de sucesso do seu negócio Antes de pensar em logo, nome no Instagram e cartão de visita, você precisa de clareza: qual problema o seu negócio resolve? Para quem? Por que alguém pagaria por isso e não por outra solução? Investir tempo na essência é responder perguntas simples, mas profundas:– Quem é o seu cliente ideal?– Que dores ele sente hoje?– Como a sua solução melhora a vida dele de forma concreta?– Como você pretende ganhar dinheiro com isso (modelo de receita)? Além disso, faça um exercício honesto de analisar os fatores de sucesso do seu segmento: margem média, necessidade de capital de giro, tempo de retorno, concorrência local e online, barreiras de entrada, sazonalidade. Quanto mais você entender o “campo de batalha” antes de entrar, maiores as chances de não ser surpreendido lá na frente. 2. Não ultrapasse essa primeira etapa sozinho É comum o empreendedor apaixonar-se pela própria ideia e tentar fazer tudo sozinho. Isso é perigoso. Nessa fase inicial, você precisa de contrapontos: conversar com pessoas que entendem do mercado, com potenciais clientes, mentores, outros empreendedores. Mostre o seu rascunho de modelo de negócio, pergunte o que faz sentido e o que parece frágil. Muitas vezes, alguém de fora enxerga um risco óbvio que você, envolvido emocionalmente, não percebe. Outras vezes, essa conversa mostra que a sua ideia é boa, mas precisa de ajustes de nicho, posicionamento ou preços. Não significa terceirizar suas decisões, e sim enriquecer sua visão. Quando você traz outros olhares para a etapa de planejamento, evita erros caros de execução lá na frente. 3. Tudo estruturado no papel? Vamos à ação! Planejamento sem ação vira gaveta. Depois de definir com clareza o que você quer fazer, para quem, como vai cobrar e quais recursos precisa, é hora de agir. Comece pequeno, mas comece. Formalize a empresa (com apoio contábil), abra conta em banco, organize contratos, monte um mínimo produto viável (MVP) e vá para o mercado testar. Empreender não é um plano perfeito: é um plano suficiente para permitir que você aprenda enquanto faz. Defina metas simples para os primeiros meses: quantos clientes quer conquistar, quanto precisa faturar para pagar as contas, quais canais de divulgação vai usar. E acompanhe de perto, com números, para saber se está chegando lá. 4. Alguma coisa não está saindo como deveria? Retome o rumo! Nenhum plano sobrevive 100% ao primeiro contato com a realidade. Você vai errar previsão, escolher fornecedor ruim, fazer campanha que não traz resultado, perder tempo com clientes que não são o seu foco. Isso tudo faz parte. A diferença entre quem desiste e quem cresce é a capacidade de corrigir a rota. Em vez de entrar em pânico quando algo foge do esperado, olhe para os dados: onde está o gargalo? É falta de clientes? Margem baixa? Desorganização de processos? Comunicação confusa? Crie o hábito de revisar o negócio com frequência: semanalmente ou quinzenalmente, sente-se para analisar resultados e tomar decisões. Ajuste preços, refine seu nicho, mude sua oferta, corte o que não funciona. Empreender é um exercício constante de aprender, ajustar e seguir. 5. 2026 é o seu ano Talvez você venha adiando esse plano de empreender há meses, talvez anos. Sempre aparece um motivo para adiar: falta de tempo, de dinheiro, de coragem, de cenário perfeito. A verdade é que o cenário perfeito não existe — o que existe é preparo e decisão. Encare 2026 como um marco pessoal. Isso não significa agir de forma irresponsável, mas comprometer-se de verdade com o plano: definir prazos, construir reserva financeira, estudar o mercado, fazer cursos, conversar com profissionais, reorganizar sua vida para abrir espaço para o negócio. Quando você assume internamente que “2026 é o meu ano”, passa a olhar cada escolha do dia a dia como um passo em direção a essa meta: um curso que faz, um contato que cria, uma economia que guarda, uma ideia que anota. Esse compromisso é o que transforma sonho em projeto. 6. Tecnologia é fator de sucesso Não importa o segmento: tecnologia deixou de ser “diferencial” e virou base de funcionamento. Em 2026, negócios que insistirem em processos manuais demais vão perder produtividade, controle e competitividade. Use ferramentas para automatizar o que é repetitivo: emissão de cobranças, controle financeiro, agenda, atendimento, gestão de documentos, marketing. Plataformas de gestão, CRMs, sistemas de automação e até a inteligência artificial podem economizar horas de trabalho e reduzir erros. Isso não significa investir em tudo ao mesmo tempo, mas escolher soluções que façam sentido para o seu momento, com boa relação custo-benefício. A tecnologia certa permite que você foque no que realmente gera valor: atender bem o cliente, melhorar o produto e pensar no crescimento. 7. Dinheiro bom é dinheiro barato Capital é fundamental, mas a forma como você obtém esse capital pode definir a saúde do negócio. Endividar-se de forma descontrolada para “fazer o negócio acontecer” pode virar uma armadilha. Antes de buscar empréstimos, organize suas finanças pessoais, monte uma previsão de fluxo de caixa e entenda quanto realmente precisa investir. Considere fontes de “dinheiro barato”: linhas de crédito com juros menores, programas de fomento, parcerias estratégicas, sociedade com alguém que aporte capital, negociação com fornecedores. Lembre-se: o dinheiro mais caro é aquele que entra sem planejamento. Em 2026, com juros ainda relevantes e cenário econômico alternando ciclos, o empreendedor que cuida bem do caixa e escolhe o tipo de financiamento com cuidado ganha fôlego para crescer com menos sofrimento. 8. Os fornecedores certos são os bons fornecedores Fornecedor não é só quem entrega produto ou serviço: é uma extensão do seu negócio. Em muitos casos, um fornecedor ruim compromete sua imagem diante do cliente final, gera atrasos, aumenta custo e causa retrabalho. Escolha parceiros com critério: pesquise reputação, prazo médio de entrega, qualidade, flexibilidade de negociação, suporte pós-venda. Não decida apenas pelo menor preço — o que parece barato hoje pode se tornar caro quando somado a problemas e perdas. Ao mesmo tempo, cultive relacionamento. Pague em dia, seja transparente, negocie volumes, compartilhe planos de crescimento. Bons fornecedores tendem a apoiar clientes que eles percebem como parceiros sérios e em expansão, oferecendo condições diferenciadas ao longo do tempo. 9. Conhecimento é ouro A velocidade das mudanças exige um empreendedor em constante atualização. Conhecimento técnico, financeiro, de gestão, de marketing, de pessoas — tudo isso influencia diretamente seus resultados. Inclua na sua rotina momentos de estudo: livros, podcasts, cursos, mentorias, eventos da área. Busque aprender com quem já percorreu o caminho que você quer trilhar. Estudar evita erros básicos, amplia sua visão, ajuda a tomar decisões mais seguras e traz ideias práticas para aplicar no negócio. Mais do que acumular informação, o importante é transformar conhecimento em ação. Leia, anote, adapte à sua realidade, teste. Quem aprende rápido e coloca em prática tem vantagem competitiva em qualquer mercado. 10. Conte com pessoas incríveis ao seu lado Nenhum negócio cresce de verdade sozinho. Você vai precisar de clientes, fornecedores, parceiros, colaboradores, profissionais especializados — e, principalmente, de pessoas que acreditam no projeto junto com você. Desde o início, pense em quem pode caminhar ao seu lado: um bom contador, um advogado quando necessário, um designer, alguém de marketing, um mentor de negócios. Mesmo que no começo você não possa contratar todos, é possível estabelecer parcerias pontuais, trocas de serviço, acordos sob demanda. Invista também na cultura do seu negócio, por menor que ele seja: respeito, transparência, compromisso com o cliente, abertura para diálogo. Pessoas boas ficam onde há clareza, propósito e correção. Em 2026, os empreendimentos que souberem cuidar de gente terão mais força para atravessar crises e aproveitar oportunidades. Empreender em 2026 não será sinônimo de caminho fácil — mas pode ser, sim, sinônimo de crescimento, realização e construção de algo seu, com propósito. Com planejamento, ajustes constantes, uso inteligente de tecnologia, cuidado com o dinheiro, bons parceiros e aprendizado contínuo, você deixa de depender da sorte e passa a depender, principalmente, da sua preparação e das escolhas que faz. Seja qual for o tamanho da sua ideia hoje, trate-a com seriedade. Coloque no papel, analise, refine, converse com pessoas, ajuste o plano e dê o primeiro passo. O ano de 2026 pode marcar o início da história do seu negócio — e você, daqui a alguns anos, vai agradecer por ter começado agora. No meio de tantos desafios e decisões, uma coisa é certa: a contabilidade pode (e deve) ser a sua maior parceira nessa jornada de empreender em 2026. Um bom escritório contábil não serve apenas para “calcular impostos” ou entregar obrigações. Ele pode ajudar você a escolher o melhor regime tributário, estruturar o plano financeiro, acompanhar indicadores do seu negócio, orientar na formação de preço, organizar o fluxo de caixa e alertar sobre riscos que, muitas vezes, o empreendedor só perceberia quando já fosse tarde demais. Quando você caminha ao lado de uma contabilidade parceira, ganha segurança para tomar decisões e tempo para focar no que realmente faz a diferença: o cliente, o produto, o serviço, a estratégia. Em vez de gastar energia tentando entender todas as regras fiscais e burocráticas sozinho, você passa a contar com alguém que domina esse terreno e aponta os melhores caminhos. Por isso, se 2026 é o ano em que você vai tirar seu projeto do papel, considere desde já ter uma contabilidade ao seu lado. Com planejamento, tecnologia, pessoas certas e um contador comprometido com o seu crescimento, o seu negócio não só nasce mais forte, como também tem muito mais chances de se manter saudável e crescer nos próximos anos.

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Inovação Contínua para quem empreende

Este post mostra como aplicar inovação contínua no dia a dia: ouvir clientes, priorizar melhorias que tiram atrito, aprender com cancelamentos e escalar o que funcionou para crescer com previsibilidade. Se você está abrindo empresa ou quer trocar de contador, nossa contabilidade está pronta para implantar esse ciclo com linguagem clara, migração tranquila e foco em resultado. Fale com a gente.

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Metas de Receita com Pé no Chão

Projeções, sazonalidade e plano de ação mensal Definir metas de receita não é chute — é método. Quando você transforma histórico de vendas, sazonalidade e capacidade operacional em números práticos, a conversa sai do “vamos tentar” e entra no “vamos entregar”. A seguir, um guia direto ao ponto com cinco subtítulos para você montar projeções realistas e um plano de ação mensal que caiba no seu time e no seu caixa.   Leia o passado para prever o futuro: histórico e sazonalidade Comece por 24 meses de histórico (se não tiver, use o máximo possível) e responda: em quais meses você vendeu mais/menos e por quê? Feriados, início/fim de ano fiscal, volta às aulas, alta/baixa temporada no seu setor, campanhas sazonais — tudo isso distorce o gráfico e precisa ser normalizado. Como fazer na prática: Calcule o ticket médio mensal: receita do mês ÷ número de vendas. Marque eventos que influenciaram picos/vales (campanhas, aumentos de preço, rupturas de estoque, trocas no time). Gere um índice sazonal: média do mês ÷ média anual. Ex.: se janeiro costuma ser 1,15, projete janeiro com +15% sobre a média; se julho é 0,80, reduza 20%. Por que isso importa? Sazonalidade evita metas irreais (cobrar dezembro em julho) e ajuda a alocar esforço no momento certo (reforçar mídia e time comercial nos meses quentes, preparar caixa nos meses frios).   Transforme a vontade em um número simples (meta clara e concreta) Como definir a meta do mês em 3 passos: Quanto quer faturar? (ex.: R$ 30.000) Qual é o valor médio de cada venda? (ex.: R$ 1.500) Quantas vendas precisa?R$ 30.000 ÷ R$ 1.500 = 20 vendas no mês. Agora pense no caminho até lá: Se a cada 5 propostas você fecha 1, para 20 vendas você precisa 100 propostas no mês. Se metade dos contatos viram proposta, você precisa 200 contatos no topo (gente pedindo orçamento, falando no WhatsApp, formulário etc.). Resumo prático: defina R$, quantas vendas, quantas propostas, quantos contatos. Esses quatro números guiam sua semana.   Tenha um plano A, B e C (para não travar) Crie três faixas de meta bem fáceis de entender: Meta Mínima (sobrevivência): paga contas e folha. Meta Boa (esperada): mantém o negócio saudável. Meta Excelente (otimista): permite investir e guardar. O que fazer se ficar abaixo da linha durante o mês? Faltam contatos? Faça uma ação rápida: peça indicações para clientes atuais, poste uma oferta simples nas redes, parceria com um perfil que tem seu público (troca de divulgação), lista de antigos orçamentos: reative com mensagem direta (“consigo te atender esta semana com prioridade”). Tem contatos, mas não vira proposta? Responda no mesmo dia, use um roteiro curto de perguntas (problema, urgência, orçamento), ofereça agenda imediata (link de calendário ajuda). Tem proposta, mas não fecha? simplifique a oferta (3 opções: básico / ideal / completo), mostre prova social (depoimento, caso), facilite o pagamento (pix, cartão, parcelamento). Regra simples: identifique onde parou (contato → proposta → fechamento) e aplique a ação certa na mesma semana.   Faça a meta caber no calendário (mês em 4 semanas) Pense no mês como 4 blocos. Em cada semana, faça pouco, mas faça sempre. Semana 1 – Encher o funil (gerar contatos) 1 conteúdo “forte” (guia, vídeo curto ou estudo de caso). 3 publicações simples (recortes do conteúdo forte). 20 mensagens ativas para potenciais clientes/indicações. Meta da semana: agendar X conversas. Semana 2 – Qualificar e mandar proposta Responder no mesmo dia. Roteiro curto (5 perguntas) para entender o caso. Enviar proposta até 48h depois da conversa (3 opções). Meta da semana: enviar X propostas. Semana 3 – Fechar e destravar objeções Fazer follow-up (D+2, D+7) com mensagem clara. Oferecer bônus de decisão rápida (prioridade no início, brinde simples). Ligar para dúvidas ao invés de trocar 10 mensagens. Meta da semana: fechar X contratos. Semana 4 – Entregar bem, reter e aprender Garantir um bom início dos novos clientes (onboarding). Pedir depoimento e indicações. Rever o mês: o que trouxe mais conversas? onde travou? o que testar no próximo? Dica: tenha 3 rituais curtos: daily de 10 min (prioridades), quarta do funil (ver números), sexta de lições (ajustes para a próxima semana).    Meça só o essencial (e ajuste rápido) Acompanhe apenas 5 números toda semana: Contatos (quantas pessoas chegaram até você) Propostas (quantas você enviou) Vendas (quantas você fechou) Receita (quanto entrou em R$) Valor médio por venda (receita ÷ vendas) Como usar esses números sem complicar: Se contatos estão baixos → aumente divulgação e parcerias; reative orçamentos antigos. Se propostas estão baixas, mesmo com contatos → responda mais rápido e tenha um roteiro para qualificar. Se vendas estão baixas, mesmo com propostas → simplifique a proposta, adicione prova social e facilite pagamento. Se valor por venda está baixo → ofereça pacotes (básico/ideal/completo) ou inclua itens complementares. Modelo de anotação semanal (bem simples): Contatos: ____ Propostas: ____ Vendas: ____ Receita (R$): ____ Valor médio (R$): ____ Onde travou? ____ Ação para destravar (esta semana): ____ Regra de ouro: não tente “melhorar tudo”. Escolha 1 ponto fraco por semana, faça um teste simples e veja o resultado. Melhorias pequenas e constantes ganham do “grande plano” que nunca sai do papel.   Fechando a conta Metas de receita com pé no chão nascem de três pilares: dados do passado, cenários realistas e execução disciplinada. Quando você quebra o número em atividades semanais, define responsáveis, mede KPIs simples e ajusta rápido, a meta deixa de ser pressão e vira processo.

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Erros Comuns de Empreendedores no Uso do Pix — e Como Evitá-los

O Pix se tornou indispensável para empreendedores e pequenas empresas que buscam rapidez, praticidade e custo zero nas transações financeiras.Mas, apesar de suas vantagens, muitos empreendedores cometem erros ao usar o Pix que podem causar problemas fiscais, administrativos e de segurança. Neste artigo, você vai descobrir os principais erros no uso do Pix para empreendedores — e como evitá-los para manter o controle financeiro e a conformidade fiscal do seu negócio. 1. Usar a Mesma Conta para Pessoa Física e Jurídica Em primeiro lugar, um dos maiores erros no uso do Pix por empreendedores é movimentar as finanças da empresa em uma conta pessoal.Essa prática mistura receitas e despesas, dificulta o controle contábil e pode levantar suspeitas em uma eventual fiscalização. 2. Não Emitir Comprovantes ou Notas Fiscais Muitos acreditam que receber via Pix dispensa a emissão de nota fiscal — um grande equívoco.Toda venda ou prestação de serviço deve ser formalizada, mesmo quando o pagamento é instantâneo. Além disso, é uma obrigação legal. A emissão da nota fiscal traz credibilidade ao negócio e mantém sua empresa regular perante o Fisco. 3. Ignorar a Segurança Digital nas Transações Pix Embora o Pix seja seguro, ele ainda exige cuidados por parte do usuário.Empreendedores que não adotam medidas básicas de segurança digital ficam mais vulneráveis a fraudes e golpes online. Por isso, confira algumas dicas para utilizar essa ferramenta de forma mais segura. Boas práticas: Ative a autenticação em dois fatores; Evite acessar o app bancário por links externos; Desconfie de mensagens urgentes pedindo transferências; Mantenha seus dispositivos sempre atualizados. Lembre-se, a segurança nas transações Pix é fundamental para proteger tanto o seu dinheiro quanto a reputação da empresa. 4. Não Fazer o Controle das Entradas e Saídas via Pix Usar o Pix sem registrar as movimentações é um erro que compromete a gestão financeira.Sem controle das entradas e saídas, o empreendedor perde a visão real do fluxo de caixa e pode enfrentar dificuldades para pagar fornecedores ou calcular impostos. 5. Esquecer que o Pix é Rastreável pelo Fisco Nesse quesito, um erro grave é acreditar que o Pix é “invisível” para a Receita Federal.Na verdade, todas as transações Pix são rastreáveis e podem ser analisadas em cruzamentos de dados fiscais. 6. Não Aproveitar o Potencial do Pix nas Vendas O Pix não é apenas um meio de pagamento — ele pode ser uma ferramenta de vendas poderosa.Empresas que integram o Pix às suas estratégias comerciais conseguem reduzir inadimplência, melhorar o fluxo de caixa e oferecer mais praticidade ao cliente. Aproveitar o potencial do Pix é uma forma de aumentar as vendas e melhorar a experiência do cliente. Conclusão: Use o Pix com Inteligência e Segurança Por fim, o Pix é um grande aliado dos empreendedores, mas deve ser utilizado com consciência e estratégia.Manter a segurança digital, emitir notas fiscais e separar as finanças pessoais e empresariais são passos fundamentais para usar o Pix de forma correta e segura. Com uma boa gestão e acompanhamento contábil, o Pix pode se transformar em uma poderosa ferramenta para crescer com segurança e evitar problemas fiscais.

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